quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aniversário de Xuxu - Especial Beca


"A gente te ama Becaaa!"
"Você faz muita faltaaa"
"Saudaaaadeeee"
"Quarta vez que a gente tá gravandooo, aeeee"
"Beeeijo Becaaaa"

terça-feira, 27 de abril de 2010

O nascimento de uma deusa


E assim ela nasceu, a pureza da beleza. Branca e fresca pele, macia. Os olhos abria para um novo mundo que vinha a surgir junto com ela, um mundo mais encantado com sua beleza e serenidade. Ela displicente acorda sem a exata noção de sua luz, os anjos fazem de conchas, clarinetes pra anunciar a chegada de uma deusa. E a partir daquele momento as nossas vidas mudaram para sempre, porque por onde ela passa deixa seu toque e sua magia realizar a mudança necessária na alma, no coração, no corpo e nos encontros. Encontros de corpos ou pessoas, se transformam em encontros entre almas amigas e irmãs, que já não imaginam a vida sem aqueles pedaços de universo, pedaços de cada um. Ela trouxe o amor, carinho e chamego para nossas vidas.

Nasce uma deusa, Rebeca.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

casinha da caxú

Algo assim, índigo

Novo Recanto dos Índigos


meus amados,
já nos encontramos na ilha, na cidade, e transbordantemente feliz, mostro a vcs nosso novo recanto, só q agora no campo! um lugar q é nosso, q podemos habitar durante mais um tempo mágico, como nos outros lugares onde a gente se junta!
A ROÇA!
Vamos combinar os detalhes!

Pelos cafés que ainda tomaremos juntos...

Kenio diz:
só um detalhe.... vc tem hora pra dormir?
Nath diz:
+/-
Kenio diz:
q horas quer ir?
Nath diz:
não sei não, a hr que for pra ir eu vou. Sei lá!
Kenio diz:
hehehehe
Nath diz:
não me pergunte nada não, me tome!
=)
Kenio diz:
lindona
q vontade de sentar numa mesa de cozinha, fazer café, fumar um cigarro, e conversar pessoalmente!
Nath diz:
poxaaaaaaaaaaa
vc disse tudo!

que a minha loucura
seja perdoada,
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

quinta-feira, 22 de abril de 2010


Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amo vocês!

Acho que isso vale mais que qualquer texto que eu possa escrever sobre minha saudade.
http://www.youtube.com/watch?v=fE4Kc5pqxJM

domingo, 11 de abril de 2010

Há pouco tempo minha lembrança retomou nova memória, de uma noite única e inesquecível.
Uma noite parecida com a despretensão e a irrefutável vivência de uma dia especial de Curtindo a vida adoidado. Mas ao invés de filar uma aula pra viver nossas próprias experiências, driblamos nossas vidas e rotinas pra um encontro de almas que se entregam pra uma nova idéia.
A gente andava de carro numa via tortuosa e úmida, se perdendo em vontades diversas de comida, dança, cafuné, conversa, batatas (hehehe). Queríamos aquecer, uns aos outros, o momento e uma história pra se contar pros netos.
Paramos pra comer num café diferente, o café tinha um club infantil com mascotes esquisitos e cheios de estereótipos estranhos. Pedimos a comida mais barata, quase sempre custando uma moedinha, frapés de chocolate, cigarros e conversa a fora.
Perto de lá havia um circo colorido e chamativo, convidativo pra aquela garota que queria voltar a se sentir inteira. Mas como se num chamado tudo se encaminhava pra uma experiência peculiar.

A cidade que estávamos indo se chamava Pecado, mas queríamos descansar um pouco num lugar quente e não se tinha dinheiro para um hotel com 5 camas, mas apenas pra 1 cama, redonda de preferência. Um motel de beira de estrada era nossa saída, mas para isso tínhamos que esconder 3 corpos vivíssimos no porta-mala. Paramos num posto de gasolina e todos se concentraram no que tinha de ser feito até com bastante seriedade. Antes um carro com 2 homens e 3 mulheres, pensariam "poorra, dois sortudos". Agora um casal gay, uma boneca inflável, uma veinha escondida atrás do banco com seu croché na cabeça e um corpo sonolento e encolhido no porta-mala.

Suíte Standard, por favor. Quarto 118, logo a sua esquerda.
Chegamos, todo mundo sai do carro e dá liberdade e vida ao corpo no porta-mala. Cinco crianças índigas descobrindo ou redescobrindo um mundo novo, pegando em tudo, mexendo em tudo. As vergonhas ainda cobertas e todo mundo com uma vergonhinha de se mostrar. Ligamos pra o epicentro distante, queríamos a bênção e o espírito dela junto com a gente naquele momento tão fantástico. E depois brincamos de brincadeiras que foram muito divertidas.
Brincadeira do cartão, fighting game, joelho com joelho pra brincar de consequência, massagem do casal com cueca e calcinha cinza e depois dormimos com várias frases-chave de lembrança.

- Cadê a tequila?
- Vá, tire o brinco, começa assim.
- É da pakalolo.
- Eu tô parecendo um frango assado.

Foi difícil voltar a realidade, tiveram uns que acordaram e se perguntaram onde estavam. Mas logo saímos, sem se esconder tanto, antes uma boneca inflável, agora 2 com cara de sono e uma deitada com o crochê fingindo a esconder.

- Sabia que não dava pra rolar putaria com vocês - resmunga o carona.
- Faltou a tequila.
- Todo mundo tava de vergonhinha, nem venha.

E retomamos o caminho de casa, em silêncio, tomando um vento úmido no rosto e ouvindo Secos e Molhados.

Clímax
s.m. O ponto culminante. / Biologia. e Sociologia Grau máximo ou ótimo de desenvolvimento de um fenômeno: o clímax da revolução. / Retórica. Gradação ascendente ou decrescente. Ou apenas "o point do amor".

sábado, 10 de abril de 2010

Da mestra Miriam Gorender

Fui buscar no Santo Google o significado e etiologia do sagrado e do profano porque, uma vez lançada na trilha de meu proprio significado para ambos, me deparei, em mim mesma, com uma inversão do conceito vulgar para a qual até agora não havia atentado suficientemente. Venho já de uma ponte entre crenças diferentes. Sou não apenas uma judia baiana (o que já é grande privilégio), mas filha de um judeu comunista materialista ateu com outra judia praticante, embora meia-boca na prática. Cursei escola israelita no primário, no ginásio a minha preferida de todo sempre, o subversivo, esquerdista e iconoclasta Colégio de Aplicação, e no segundo grau, depois que o Aplicação foi fechado pela ditadura, fui parar no católico Maristas. Bom, junte à mistura as visitas, desde jovem, às festas do terreiro de São Gonçalo do Retiro, onde o sócio de meu tio na oficina mecânica, o mulherengo, cachaceiro e divertidíssimo Eufrosino, era ogã. No intervalo dos rituais dava uma saidinha pra tomar uma, oferecia pra gente e depois distribuia drops de menta.

Mas o que realmente marca minha lembrança quando penso em sagrado é a memória da alegria. Não apenas a alegria de ter a casa cheia porque era perto da praia e vinha todo mundo nos finais de semana, de ter Silvio Caldas tocando e cantando no jardim, de mil coisas como partidas de poquer assistidas, teatro, músicas, e tudo isso não com amigos infantis mas com os de meus pais. Todo um padrão boêmio a ser impresso. Não, desde criança, a alegria ritual do Carnaval é a que me arrebata e o único momento onde me sinto próxima ao sagrado.

Ouço com frequencia falas sobre o sagrado e sua vinculação aparentemente inevitável ao religioso e ao divino. Como é possível então que todos os rituais religiosos que já presenciei me pareçam, sem qualquer exceção, despidos de qualquer centelha do sagrado? Invariavelmente a impressão que me fica é de algo cotidiano, humano, vulgar, servindo a interesses mundanos. Não quero dizer com isto que estes rituais e religiões não possam ser fonte do sagrado para outros. Mas estaria mentindo se afirmasse que podem sê-lo para mim.

A única ocasião na qual me sinto tocada pelo sentimento do sagrado é em meio ao Carnaval, e é principalmente por isto que costumo dele participar, religiosamente. Mais curioso ainda é que não associo este sentimento do sagrado a uma divindade externa, a uma idéia de um deus qualquer. Se o fizesse já teria deixado de ser agnóstica. É a fonte deste sentimento, como para Freud o sentimento do “oceânico”, que me intrigou. A inversão aparente é em si de mais fácil explicação. Desde o advento da cultura judaico-cristã a religião e o sagrado passaram a ser associadas à seriedade, à circunspecção. Não à toa Umberto Eco cria um monge que mata em nome da não-divulgação de um suposto tratado de Aristóteles enaltecendo o riso. Este, claro, é coisa do diabo. Mas há uma tradição mais antiga, tão forte e cruel quanto a da cristandade, onde a alegria e a ebriedade, e não a sobriedade, são os portais para o deus. Dionisio e seu cortejo se atualizam na Mudança do Garcia ou atrás de Moraes Moreira, sua alegria e seus festejos não menos tocados pelo deboche, transgressão, sangue e loucura do que na mais remota Antiguidade. Seu transcorrer é tão ritualizado quanto qualquer missa em latim, e seus devotos com maior frequencia crêem no que pregam, embora não saibam que o fazem. Assim como não sabem no que crêem nem para que, e assim o sermão é dos mais eficazes.



E meu sagrado particular? Se não creio, nem se dirige a uma deidade reconhecida, tem uma direção? É ao mesmo tempo externo e interno este sagrado? Elimine obrigações e leis que não as do evento em si, quebre os tabus do sexo e da violência, e está criado um espaço e um tempo no qual pode ocorrer o inusitado, o invulgar, o não-banal, o não-mundano, o não-cotidiano. Ao portar a máscara do folião as máscaras caem por terra e se revela, em toda a sua majestade, Sua Divindade o Desejo.



Ou citando o grão-sacerdote Moraes Moreira:



Eu sou o carnaval em cada esquina/do seu coração

Pelas vias, pelas veias escorre o sangue, o vinho

A pé ou de caminhão não pode faltar a fé/

O Carnaval vai passar

Meu amor quem ficou/nessa dança, meu amor

Tem fé na dança

Nossa dor, meu amor/é que balança, nossa dor

O chão da praça

Metais em brasa brasa brasa que ardia

Mas não vai demorar/são três dias de dor

Mas se o mundo cantar/são três dias de amor



Minha Carne é de Carnaval

Meu coração é igual

sexta-feira, 9 de abril de 2010


Um dia ela acordou meio louca e resolveu que metades são inúteis se não estiverem juntas de verdade, grudadinhas uma na outra.
Então revirou seu imenso baú de quinquilharias emocionais e decidiu fazer a tal faxina, prometida há tempos. Abriu as janelas da alma e deixou escapar para sempre aquelas coisinhas que guardava sem motivo algum, ocupando espaços preciosos.
Decidiu que ensinaria sua boca a dizer não, que ensinaria seu coração a dizer mais sim e que poderia até enlouquecer de vez em quando, mas não mais do jeito que fazia antes. "Loucura sã também há de ser possível", ponderou. Reservou cantinhos para afagos, prateleiras para desejos ainda não realizados (muitas), pequeninas gavetas para tristezas ocasionais.
Pronto, nada mais de metades! Aí descobriu que ficara sozinha, mas finalmente sem retalhos, inteirinha e só. Jogara fora metade de si mesma.
Pensou: "e daí?" e sorriu leve.
Começaria tudo de novo, enfim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

Introdução

A gente possui a certeza da nossa espiritualidade exacerbada, a gente sabe que nós somos totalmente especiais, somos as melhores pessoas do mundo entre si. Importante: entre si. Todos temos defeitos, sim, cheios de pecadinhos, mas entre si, somos quase perfeitos, semi-deuses. Até nos momentos que arriscamos a vida corporal, temos certeza da proteção espiritual.

Somos índigos.

Nosso epicentro é Rebeca. Nela e com ela nos encontramos, a partir dela nossas vidas se encontraram pra renascer de novo numa vivência superiormente interessante, em que cada momento unidos faz os minutos tomarem formas diversas de espaço, tempo e arte. Nosso encontro se dá por olhares, carinho, contato e o ingrediente principal, a verdade. É através da verdade que o nosso amor é construído, por se amar verdadeiramente na libertinagem e na liberdade. Antes de tudo, somos livres e ao contrário dos que pensam no senso comum, a liberdade nossa é o que une; e une todas nossas experiências em capítulos, minisséries, novelas e filmes que imitam a arte. Todo capítulo com uma aventura diferente e completamente importante para nutrir tanto encantamento; nada do que vivemos pode ser traduzido em palavras, prosas ou poesias, mas em mestiço amor. Nos amamos no beijo, no sexo, no carnaval, no carinho, nas palavras sinceras, nos banhos de mar e nos sonhos.

Mas estamos aqui para tomarmos espaços com nossas idéias, sentimentos e para tentar dividir com o mundo um pouco desse encanto dos meninos índigos.

Como numa receita bem feita de uma moqueca de ovo ou numa música, todos os ingredientes e todos os tons possuem extrema importância para compor nossa história que começou agora. Talvez nesse espaço descolado da realidade física podemos nos sentir muitas vezes no quarto de Beca, conversando amenidades, fumando, ouvindo Caetano e recebendo todo carinho de todo mundo, inclusive dela, agora distante de nós. Ou planejar nossa viagem pra La terra del tango, sempre ensaiando os passos com Kenio e guardando nosso dinheirinho num porcão ou numa latinha Iracema.

Eu amo vocês, espero que gostem!